quinta-feira, 11 de março de 2010

Poema sentimental

Para onde foi o amor depositado?
Foi-se com todo sonho perdido,
Frágil sequestrado angustiado,
Sem sequer ter sido ouvido

Que raiva de tudo isso,
Todo o choro é muito preciso.
O coração é mais inverso
Do consolo que eu cobiço.

Ainda bem que o amor não morre,
Pois a esperança de reencontrá-lo
Diminui esse ódio que corre

Batendo como um martelo
Nesta alma alagada de porre,
Sem sentir ao menos o zelo.

Um comentário:

Samuel Macário disse...

Nossa! Realmente me apaixonei e refleti nos versos desse poema, linda contrução que mesmo métrica possui uma característica sua, o maloqueirismo/despojamento/marginalidade, sei lá se eh isso. Eh interessante como vc misturou erudição com marginalidade que um traço seu. Mto bom mesmo. Adorei. Abraços.