quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Frases soltas



As noticias que correm
De boca em boca
Como saliva de beijo roubado
De varias e tantas bocas
Já não são as mesmas que passaram da primeira vez.
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Meu coração não é de cimento
Por isso não é capaz de ser concreto.
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Tenho medos
Assim como tenho desafios

Também não posso deixar de ter coragem.

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Não sou capaz de ter tudo que quero,
Mas tento dar valor ao que tenho.
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Disseram-me que do lado de fora da janela fechada
Há um belo jardim cheio de flores.
De que adianta saber disso
Se eu mesmo não tiver a atitude de abrir a janela para vê-lo?

De que adianta um pássaro ter asas
Se ele não tentar usa-las para voar?  



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... Jefferson Santana voando alto por alguns pensamentos

sábado, 12 de novembro de 2011

Aos românticos



Há poemas que cantam uma mulher,
outros cantam a natureza,
outros ainda, cantam uma causa social.
Existem ainda os melhores,
que cantam tudo isto ao mesmo tempo.

E mesmo que reste pouco de romantismo
nos nossos dias tão mecanizados,
vale à pena continuar escrevendo.

(Jefferson Santana)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011


Cada poema é um pouco de meu
sangue
exalado
em versos sob embalo cardíaco.

Não costumo ter métrica,
pois normalmente meu coração sente emoções
desmedidas.

(Jefferson Santana)

segunda-feira, 7 de novembro de 2011





Medo da chuva... jamais! Eu sei que depois das tempestades, a terra estará mais fértil para o surgimento de novas flores em meu jardim.


(Jefferson Santana)

sábado, 5 de novembro de 2011

Com licença Drummond... esse poema seu me tocou profundamente


MÃOS DADAS




Não serei o poeta de um mundo caduco.

Também não cantarei o mundo futuro.

Estou preso à vida e olho meus companheiros.

Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.

Entre eles, considero a enorme realidade.

O presente é tão grande, não nos afastemos.

Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.



Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,

não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,

não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,

não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.



O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,

a vida presente.



(Carlos Drummond de Andrade)