quarta-feira, 31 de março de 2010

Poema deste universo

Sou uma noite infinita,
Desaparecida
No universo esquecido de meus pesadelos.

Não nasci Sol,
Pois nem ao menos um Girassol
Levantou-se para me cumprimentar.

Minha vida é um espaço aberto,
Em que os Corpos e as Almas
Afastaram-se por muitos quilometros
Com medo de perderem
Alguma parte do que acumularam.

É um desafio imenso
Viver sem estrela,
Porém
Mesmo sem me notarem
Estou aqui e ali
Cobrindo o precipício
Que os Astros não querem cobrir.

Se tiver sorte
Algum dia, quem sabe?
Seja possível juntar
Uns pedacinhos de coisas
E finalmente
Deixar de ser indigente.

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