quarta-feira, 28 de julho de 2010

VARIÁVEL




Passam-se as horas,

Passam-se os dias,

Passam-se os anos,

Passam-se as épocas

E o passado se destina ao presente.

Porém, de repente,

Indefinido instante

Lembrança volta e passa novamente.

terça-feira, 27 de julho de 2010


Amor é o manifesto sincero,
É a busca em caminhos estreitos,
Luta do coração por seus direitos,
Um movimento de carinho duradouro.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Alucinação


Tua presença é a Lua
Tua presença é o Sol,
Tua beleza sobre o lençol
Eu admiro toda nua.

Admirar beleza tua.
Na noite o farol
Erguendo-se único girassol
Fica na terra a dor que jejua.

Meu sofrimento que se esconde
Diante da esplêndida beleza,
É um fraco e covarde.

Se não te visse, teria tristeza
Dentro da alma que me prende
A ti, na mais forte certeza.


II

Se num mês uma vez te vejo,
Pelo restante do mês te desejo.
Um ano de mim afastada,
É um ano de dor manifestada.

Pois és o fruto que desejo
Na boca que reclama o beijo,
Na tua doçura privilegiada
Tão parvo pela amada.

Te vigiei, me enamorei
Agora musa dos meus sonhos
Eu te quero mulher.

Linda, porque te olhei?
Dias serão tristonhos
Se for ausente no amanhecer.

domingo, 11 de julho de 2010

As peneiras

(A copa do mundo está acabando mas as partidas continuam)
Pés descalços que carregam um sonho.
Pés que pisam no chão de terra
Em que as peneiras passam retendo preciosidades.

Verdadeiro campo,
Campo da batalha que rola.
Rola a bola
Que os pés querem tocá-la!
Pés que correm daqui,
Pés que correm de lá,
Pés que querem dominar a chance.

Partidas começam
E cada pé busca seu rumo dentro do jogo.
Alguns são muito gananciosos,
Não dividem de jeito nenhum a esfera,
Deixando na espera os outros pés.
Ás vezes nesses campos de ganância fundamental
Os pés que não dão bola para os outros
Tem mais chances de serem estrelas,
Estrelas que driblam adversários
E marcam gols de artilharia.

Alguns jogadores
Devido falta de orientação dentro do campo,
Abusam das faltas
E os juízes secamente
Vão punindo os infratores,
Sempre com o poder
Não hesita em expulsá-los do jogo pela violência.

Peneira vai,
Peneira vem,
Peneira passa.
Na marcação implacável
Os erros são fatais,
Principalmente para os defensores
Que se tomarem bola nas costas,
Já era!
Partida encerrada
Partido seu coração despedaçado,
Partido seu sonho perdido,
Peneira simplesmente que passa.

Porém todos os dias peneiras,
Portanto partidas não acabam.
As peneiras que vem,
As peneiras que vão,
As peneiras que passam.
Os campos de terra esperam os jogadores.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Os erros


De todos os lados
Corações blindados,
Privadas almas com seus pecados
Formando um coletivo de resignados.

Nunca se nasce para errar,
Até por isso nunca tentar.
Inútil momento sonhar,
Assim fui concebido neste lugar.

Os pássaros que cantavam
Por muito nem mais existem,
E os casais que namoravam
Estão divididos pelos bens,
Até porque não há mais serenatas
Nestas noites cinzas encobertas.

De todos os lados
Os terrenos blindados
Com os homens trancados
Dos dois lados dos muros altos.
Creio que as terras
Nunca tenham sido compartilhadas.

De todos os lados
Objetivos,
Busca pelos objetos idealizados
Do único ideal estipulado.

Assim a vida segue
Cada uma no seu caminho
Sem compaixão dos que tropeçaram,
Caíram e deram breque.
Aí já era sonho
Tentaram, não conseguiram e se destruiram.

Da vida que sobrou aqui
Da outra que resistiu ali,
Salve-se quem puder,
Pois alguém vai perder
O benefício do paraíso
Que dizem ser abundante e valioso,
Onde o coração blindado
Brinda com o destino
O próprio bem alcançado,
Usando até mesmo
Os cálices do Vaticano.

Nas privadas
Estão as almas com seus pecados
Tomando esgoto dos glúteos
Dos quais são subordinadas.

Já se foi o tempo em que Deus
Zelava pelos filhos seus,
Pois os meninos preferiram
Vender as almas, os corpos e os sentimentos
Ao demônio que os capitalizaram
A correr dominando seus espaços.

Depois disso um grande lema,
Que o maior pecado
É tentar quebrar o muro construído
Entre os privilegiados e os abandonados.
Imperdoável para o sistema
Simplesmente é olhar para o lado
E unir-se a causa do desesperado.
Vivemos sob o regimento do grande dilema
Que erros são tentativas fora do determinado.