segunda-feira, 22 de julho de 2013

Dispersar

Diversas doses ventriculares de desalentos
irrigaram desordenadamente meus impulsos.
Restou sobreviver de marcapassos,
contando as dores
antes mesmo de viver as aventuras.
Porém nem sempre as comportas
comportam o que queremos.

Abrirei minhas veias
dispersando no espaço
veneno e sangue,
ainda que não me renove...
ainda que o verbo não se remova.

Talvez em algum tempo
de mim façam alguma ceia,
servida a cada página
de vida virada dia a dia.
Afinal,
hei de morrer e renascer nas madrugadas. 

Jefferson Santana