sábado, 28 de julho de 2012

O QUE SOU?





O que sou nessa esfera de inferno?
O que penso nessa massa de neurônios?
O que vejo no meio dessa multidão?

O que o mendigo caído no chão tem a dizer?
O que o bandido das ruas tem a declarar?
O que o político corrupto tem a proclamar?
O que nossa raça humana tem de comemorar?

O que sou nessa esfera de inferno?
O que penso nessa massa de neurônios?
O que vejo no meio dessa multidão?

Se ligo a TV, não vejo perspectiva.
Se tento dormir, não tenho sono.
Se tento respirar fundo, o ar me irrita.
Se choro, não encontro solução.

O que sou nessa esfera de inferno?
O que penso nessa massa de neurônios?
O que vejo no meio dessa multidão? 

(Jefferson Santana, do livro Cantos e Desencantos de um Guerreiro)

sábado, 21 de julho de 2012



Desejo os beijos mais quentes
De todas as formas iminentes,
Fogo cruzado frente a frente,
Céu e mel dentre meus dentes.

(Jefferson Santana)

domingo, 15 de julho de 2012

Cantos e Desencantos de um Guerreiro será relançado no Sarau Suburbano Convicto






Cantos e Desencantos de um Guerreiro, livro de poesia do escritor Jefferson Santana foi lançado em 2011 e, agora será lançado também no Sarau Suburbano Convicto que ocorre todas às terças na primeira livraria especializada em Literatura Marginal do Brasil.
Além de poder conhecer o trabalho desse autor, há diversos outros títulos que são exclusivos dessa livraria e, ainda ocorrerá um sarau aberto ao público.


Venha também fazer parte dessa festa!


LOCAL: Livraria Suburbano Convicto - Rua 13 de Maio, 70 - 2º Andar - Bixiga - São Paulo/SP (Próximo ao Metrô Anhangabaú e Terminal Bandeira)


DATA E HORÁRIO: Dia 17 de Julho de 2012, à partir das 20 horas.




Informações:


Telefone - 62039533
Email: jefferson_3012@yahoo.com.br

sábado, 14 de julho de 2012

Poema maior


(Poema inédito)


Um poema mais triste
do que a própria tristeza que se sente.

Um poema mais molhado
do que a chuva que bate no asfalto.
Um poema mais desesperado
do que o amante abandonado.
Um poema mais sangrento
do que a ferida aberta no meio do peito.
Um poema mais ofegante
do que o medo impaciente.
Um poema com mais apetite
do que a fome imprudente.

Um poema mais dramático,
mas, eu lírico.

Um poema mais do que a matéria...
mais que a criatura e a psicologia.

Um poema maior.

(Jefferson Santana)


segunda-feira, 9 de julho de 2012

COOPERIFA e APAFUNK em encontro histórico


COOPERIFA, meu Quilombo Cultural. COOPERIFA que ultrapassa os limites dos muros que separam a cultura da Periferia e a do Centro. COOPERIFA que ultrapassou os limites de São Paulo no último dia 07/07/12 para se reunir a outro movimento importante, o APAFUNK, na Favela da Rocinha no Rio de Janeiro.

Foi uma verdadeira festa cultural, com direito a muita poesia sendo comungada. Foi uma verdadeira integração entre a comunidade carioca e a nossa aqui de Sampa. Foi delicioso sentir a presença maciça do povo dividindo com a gente aquele momento. Eu estava lá e, com certeza nunca me esquecerei desse acontecimento histórico. A Arte da Periferia, Morro, Subúrbio, ou qualquer outra coisa que definiram por aí, estava fervendo com esse encontro. Posso dizer que invadimos a Rocinha e a Rocinha invadiu a gente. Foi lindo demais!


 Eu chegando



Sérgio Vaz (Cooperifa) Mc Leonardo (APAFUNK)


A Poesia nos ares da Rocinha


A Rocinha

 Comungando a palavra


Até o Chico Pinheiro não resistiu e colou junto


A Família COOPERIFA + APAFUNK + COMUNIDADE.

Lindo demais!!!!

Evento SOMOZUM pela fonte no Morro do Querosene - 01/07/2012


quinta-feira, 5 de julho de 2012

A Torcida



A torcida na qual me refiro é a Fiel Torcida Corinthiana, que no dia 04/07/2012 pode comemorar um título inédito (o único que faltava) que é era a Libertadores da América. Porém, antes mesmo de conquistá-lo, sempre representou como ninguém o Grande Corinthians.

Minha singela homenagem:


A Torcida

Denominada como bando de loucos
maloqueiros,
sofredores...
eram também sem Libertadores,
sendo que, essa tal de Libertadores nunca fez diferença,
para Torcida como essa
que sempre marcou sua presença.

Torcida de operários
que lutam diariamente nas batalhas
da vida, superando obstáculos.
Torcida que se une nas arquibancadas,

que joga com seu time
o jogo
jogado com vinte e dois
jogadores.
Ah, essa Torcida!
Ela é simplesmente  um vigésimo terceiro
jogador.

Torcida num país de desigualdades,
país sofrido,
país humilhado.
Torcida que é o próprio retrato dessas dificuldades.
Torcida que pelo seu clube
deposita todos os seus males
e os intensos sonhos que persegue.

A Torcida...
o Clube:
o que se percebe
nisso é uma única entidade unida,
numa mesma crença.
Entre outras torcidas, uma grande diferença,

porque há clubes que têm torcida,
mas somente essa Torcida tem o Clube...
essa Torcida fielmente
tem o Corinthians.

(Jefferson Santana)