Pessoal,
Por questões técnicas a partir de agora começarei a utilizar o seguinte blog: meuscantosedesencantos.blogspot.com.br
(Meus cantos e desencantos)
Continuem acompanhando minhas postagens por lá!
Grande Abraço
quarta-feira, 18 de junho de 2014
domingo, 1 de junho de 2014
o primeiro dia
do mês
do meio do ano.
talvez o primeiro
dos últimos dias,
ou o último
dos primeiros.
mais um dia na vida
e menos de vida.
a contagem é feita nos ponteiros
e algumas impressões apontadas:
o que se vive num instante
às vezes se aloja na gente
por uma vida inteira.
sendo que quase sempre
é a primeira impressão que fica,
ainda que seja a última emoção
que nos prenda à atenção.
entra ano,
sai ano,
e a velha esperança do ano novo
se renova de novo.
mas só um verdadeiro sonho
pra se manter vivo
na mediocridade dos ciclos.
rasgam-se os calendários
mas a ilusão não morre no cesto do lixo.
assim como não deveríamos viver de sextas,
sobrevivendo de segundas,
entediados nos domingos
das exaustões dos sábados.
o jeito é inaugurar um novo ciclo
tentando fugir dos círculos viciosos.
Jefferson Santana
terça-feira, 27 de maio de 2014
das minhas estruturas
os ventos não mudaram de direção
e essas rajadas rumaram ao extremo.
sem exceção, deixei as portas e janelas trancadas,
pra que não devastassem meus domínios.
certo é que pouco eu tenho,
cortaram-me a luz e fechei-me sozinho na escuridão
que permiti me estabelecer.
são frentes frias que me perseguem,
não abro portas e nem janelas,
ainda que me anunciem o sol numa manhã seguinte.
eu sigo este inverno
e permito-me ser embalado por uma única melodia:
a chuva caindo sobre o meu teto...
ainda que me digam que não chova.
eu anseio uma brisa
e que ela acaricie as minhas estruturas,
pois já percebo as rachaduras
que trincam do centro para as colunas.
as vezes falta-me a coragem...
mas permanece a vontade de erguer novos andares.
no entanto, sou mais adverso mesmo,
eu vejo tudo caindo na terra como sepultura.
lá de fora eu ainda escuto as vozes
dizendo que minha fachada permanece boa,
que sentem felicidade em vê-la ainda resistente,
aparentemente com cores e alegria.
mas por dentro, mal sabem...
nem queiram olhar as paredes!
aqui a tinta já desbotou,
só resta um imóvel mofado,
bem distinto daqueles castelos
em que o príncipe faz amor com sua amada.
Jefferson Santana
sexta-feira, 9 de maio de 2014
das quatro estações
as paixões passageiras
fizeram mais estragos
que as tempestades de verão.
hoje prevalece essa outonal
transição pra inverno:
o rio secou,
seu riso escondeu.
anseia
em paralelo que receia
eventuais primaveras,
já que estas
florescem com espinhos.
o tempo testou suas previsões
e contestou suas afirmações.
mas todos afirmam que inverno
também passa.
se ele (sobre)viver,
talvez verão.
e ele verá
que primavera
talvez anteceda
um tempo bom.
Jefferson Santana
quinta-feira, 10 de abril de 2014
das variações
o coração já não bate
só
apanha
o sistema nervoso
sente-se um tanto
raivoso
...
na fome que (não se) mata
é claro o gosto amargo
do amor que não se (infl)ama.
acende uma vela pra pedir proteção.
(chama e clama por companhia.)
era pra ser o descanso,
mas da mínima perda
foi ao descaso
numa máxima pena,
já que na insônia
nunca pôde sonhar.
e sempre se espera um novo dia
frequentemente nas noites.
ainda que se amanheça,
e todas as estrelas
não mais apareçam
por causa de uma.
até já lhe disseram
mas só acreditou sentindo:
o espinho também vem na flor.
são as marteladas no prego.
mas o coração já não bate,
só
apanha
quinta-feira, 27 de março de 2014
da incompletude
delírios à deriva
em falas sem ouvintes.
braços
sem abraços.
olfato
sem fragrância.
olhos abertos
que nada veem.
porta retratos
sem fotografias.
cartas escritas
sem destinatário.
são páginas
que não são viradas.
um coração partido
em poemas inacabados.
Jefferson Santana
em falas sem ouvintes.
braços
sem abraços.
olfato
sem fragrância.
olhos abertos
que nada veem.
porta retratos
sem fotografias.
cartas escritas
sem destinatário.
são páginas
que não são viradas.
um coração partido
em poemas inacabados.
Jefferson Santana
quinta-feira, 20 de março de 2014
outonal
dos dias em que plantei ideias
para os tempos de hoje,
foram-se folhas e mais folhas
que caíram em minhas mãos
num outro ponto de vista,
vi que é chegada a colheita
para que novos frutos possam ser gerados,
para serem o alimento
de quando estiver novamente nesta estação
Jefferson Santana
terça-feira, 18 de março de 2014
a ânsia de chegar ao fim era tanta,
que esbarrou logo no começo
e ficou meio sem rumo.
e pra rumar
teria que arrumar
outro modo
de moldar o caminho:
ousaria voar,
mas antes no chão
cobiçaria a firmeza,
até que seus pés
pudessem tomar impulso,
sem se importar
com os passos dados pra trás.
estaria de braços abertos
pra sentir
cada brisa de vento chegar,
e de fato se entregar por inteiro.
Jefferson Santana
segunda-feira, 10 de março de 2014
da vez que dei à luz
ocultei poemas
na esperança de poder dizê-los
na ausência de qualquer
pesadelo.
mas como a aurora
não veio,
os dois copos
não foram enchidos
e o par de corpos
permaneceu nos ímpares,
eu abro um caderno antigo,
esse de outrora
em que ela também
não estava comigo.
vou dando à luz
poemas escritos
na madrugada,
e tento tornar lágrimas
em orvalhos de amanhecer.
Jefferson Santana
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
sinestesia II
ao sentir o castanho
dos teus olhos
vi o calor e a dor
escorrer pelo vermelho
do meu sangue
dos teus olhos
vi o calor e a dor
escorrer pelo vermelho
do meu sangue
sinestesia
era tão cego
que conseguia ler
o que o coração dizia.
sofria com o sopro
daqueles embalos que lhe tocavam,
como ruídos que doíam
na carne.
que conseguia ler
o que o coração dizia.
sofria com o sopro
daqueles embalos que lhe tocavam,
como ruídos que doíam
na carne.
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
nosso tempo se esvaiu
num poema velho
não há nada que valha
ser lembrado
nem mais escrito
ou em versos
dito
mas a memória é uma película
que reedita os capítulos ambíguos
meus versos dialogam
com poemas de outrora
é das medidas
aquilo que não quer ser...
embora seja
naquilo que houve
ainda tenha
essas trocas semânticas
e românticas de significâncias
já quis meus olhos vendados
embora veja
que tudo que não fez sentido
é sentimento
que ficou na mente
e não permite
que de coração
minta
(a vida e a escrita tornaram-se leais parceiras, embora de vez em quando duvide de ambas)
num poema velho
não há nada que valha
ser lembrado
nem mais escrito
ou em versos
dito
mas a memória é uma película
que reedita os capítulos ambíguos
meus versos dialogam
com poemas de outrora
é das medidas
aquilo que não quer ser...
embora seja
naquilo que houve
ainda tenha
essas trocas semânticas
e românticas de significâncias
já quis meus olhos vendados
embora veja
que tudo que não fez sentido
é sentimento
que ficou na mente
e não permite
que de coração
minta
(a vida e a escrita tornaram-se leais parceiras, embora de vez em quando duvide de ambas)
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Da poesia que quer circular fora de mim
Hoje senti vontade de escrever um poema.
Talvez ele faça um rolezinho num shopping,
talvez ele seja detido
simplesmente por querer circular
fora das limitadas áreas de rodapé
e talvez por isso tentem apagá-lo na base da borrachada...
só por tentar mostra-se fora dos limitados quadrados de rodapé.
Já quis só escrever algo
que ficasse retido em páginas,
mas hoje a história insiste pra que seja de outra forma:
quero berrar pro mundo inteiro
a poesia que não se retém
nas limitadas demarcações de rodapé.
Hoje a poesia que toma conta de mim
não pode acabar em demarcações,
somente introduzida nas folhas de rosto
e avaliada pela capa.
Poesia tem que ir além da contracapa
Embora não seja obra de ostentação declarada,
quer ser o foco dos olhos,
a música entoada nos ouvidos
e o passo além dos rodapés
das páginas que se noticiam no país.
Jefferson Santana
Talvez ele faça um rolezinho num shopping,
talvez ele seja detido
simplesmente por querer circular
fora das limitadas áreas de rodapé
e talvez por isso tentem apagá-lo na base da borrachada...
só por tentar mostra-se fora dos limitados quadrados de rodapé.
Já quis só escrever algo
que ficasse retido em páginas,
mas hoje a história insiste pra que seja de outra forma:
quero berrar pro mundo inteiro
a poesia que não se retém
nas limitadas demarcações de rodapé.
Hoje a poesia que toma conta de mim
não pode acabar em demarcações,
somente introduzida nas folhas de rosto
e avaliada pela capa.
Poesia tem que ir além da contracapa
Embora não seja obra de ostentação declarada,
quer ser o foco dos olhos,
a música entoada nos ouvidos
e o passo além dos rodapés
das páginas que se noticiam no país.
Jefferson Santana
domingo, 12 de janeiro de 2014
Dos questionamentos que (sobre)vivem
Transformar
o que sobrou das ruínas
de um coração
partido
em organizados versos e estrofes
é questão de vida/morte
ou poesia?
Jefferson Santana
o que sobrou das ruínas
de um coração
partido
em organizados versos e estrofes
é questão de vida/morte
ou poesia?
Jefferson Santana
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