quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Da poesia que quer circular fora de mim

Hoje senti vontade de escrever um poema.
Talvez ele faça um rolezinho num shopping,
talvez ele seja detido
simplesmente por querer circular
fora das limitadas áreas de rodapé
e talvez por isso tentem apagá-lo na base da borrachada...
só por tentar mostra-se fora dos limitados quadrados de rodapé.

Já quis só escrever algo
que ficasse retido em páginas,
mas hoje a história insiste pra que seja de outra forma:
quero berrar pro mundo inteiro
a poesia que não se retém
nas limitadas demarcações de rodapé.

Hoje a poesia que toma conta de mim
não pode acabar em demarcações,
somente introduzida nas folhas de rosto
e avaliada pela capa.
Poesia tem que ir além da contracapa
Embora não seja obra de ostentação declarada,
quer ser o foco dos olhos,
a música entoada nos ouvidos
e o passo além dos rodapés
das páginas que se noticiam no país.

Jefferson Santana

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