quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

ALÉM DO HORIZONTE




Eu olho o horizonte

Como quem vagasse no destino
Procurando respostas.


Eu navegante,
Que num momento contemplo os mares,
Os mesmos que ameaçam me afogar.
Eu pássaro,
Que alço o voo mais alto no céu,
E num momento me sinto tonto ao transpor a atmosfera.


O que há no desconhecido
Que tanto me atrai
E tanto me perturba?


Meu coração é uma bomba
Prestes a explodir,
Talvez de mágoas
Ou de graças.


Tudo e nada
Aparentemente são opostos,
Mas são capazes de ocupar o mesmo espaço.


Abro meus olhos
E busco o que está além da visão.
Fecho os meus olhos
E busco o que está além dos sonhos.


Eu quero apenas uma resposta,
Pois não posso fazer nada com todas.
Todas são nenhuma
Eu quero apenas uma.
Não quero dúvidas supremas
Que tanto me sufocam.


Minha boca beija o infinito
E não beija ao mesmo tempo.


Meus olhos tocam o horizonte
E não enxergam ao mesmo tempo.



(Jefferson Santana)

Um comentário:

Joelen Vicente disse...

Conheci este poema na data de hoje. Fiquei encantada. Acompanharei seus textos, parabéns!