O Astro é soberano.
De cima para baixo
A existência vai queimando.
Forte
E fraco ao acaso.
Homem prostrado a fé divina
Sem fé em si próprio.
Devastador de esperanças,
Inerte no meio do deserto,
Esperando chuva do céu.
Porém, água não vem.
Desidratado vem o vento sujando
De areia na vista para cegar
Olhar que vai guiar pernas a miragem.
Viagem sem norte e nem sul
Do nada a lugar nenhum.
Movediça
A areia vai enterrando dos pés a cabeça.
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