segunda-feira, 17 de maio de 2010

Palavra descompassada

A palavra descompassada
Do passo rotineiro do dia inteiro.
Parte o poema
E vai se construindo,
Vai se rebentando,
Vai se modificando.

Não bate ponto para começar
E logo desmarcado se despede.
Sem anúncio de sino,
Sempre repentino.
Todo instante instantâneo.

As horas...
Caminhadas eternas,
Expediente estendido,
Sufocada a Poesia!
Por consequência esquecida.
(O poema só trabalha
Quando o corpo se assenta,
Aí os sentidos se acertam).

Ás vezes, um segundo basta,
Muitas, me distraio por meia hora.
Porém, a Poesia é período integral.
Independente se o tempo é de chuva
O Sol aparece sumindo,
Sucinto a passagem,
Sem escala definida.

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