segunda-feira, 10 de maio de 2010

Crime poético

Hoje minha mão está armada,
De caneta muito bem carregada
De tinta, que deixa marcas graciosas
Na folha, e as intenções objetivas:

Surge como Sol na ponta do cano,
Indo em direção ao meio do crânio,
Como tiro de chumbo certeiro,
A modificar os neurônios do hospedeiro.

A mão é ansiosa e intencional,
A caneta é mero objeto acidental,
A folha cúmplice e prova criminal,

E o crânio é do gigante que cai,
Com a palavra mais ardente que vai,
Como bala que explode e não sai.

Um comentário:

Eduardo Kawamura disse...

Fala, mano. Lembra de mim, lá do Marighella? Então, gostei dos teus textos. E concordo: a solução é o socialismo.

Abraço.