Sou como um pássaro na gaiola,
Comendo o alpiste que determinam
No tempo contado de seus relógios
Pra depois cantar na longa jornada.
Fui capturado
Pela necessidade de comer.
Trancaram-me
Nesta vida minha adestrada.
Vidas nossas
Penduradas nas extremidades dos casarões.
Sem libertação
Para desfrutar do meio.
Chegou a hora de quebrar estas grades,
Bater as asas
E degustar os frutos
Que nunca me ofereceram.
Nenhum comentário:
Postar um comentário