sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
O TEMPO
Penso no futuro
Recordo o passado,
Ao mesmo tempo em que evoluo
Declaro-me atrasado.
Os dias não percebidos,
Os planos perdidos,
Os anos já começaram,
Porque os outros terminaram.
Flores agora brotando
E mais tardiamente murchando.
Sonhos sonhados constantemente
Para acordar inesperadamente.
Do outono a primavera
Passa o tempo sem espera.
Deste inverno, jaz verão,
Trânsito de alegria e solidão.
Do amanhecer
Ao anoitecer,
O dia passa
O ano passa
A vida passa.
(In: CANTOS E DESENCANTOS DE UM GUERREIRO)
domingo, 19 de dezembro de 2010
Ho, Ho, Ho, Ha Ha Ha
Sr. Papai Noel Chegou,
É Natal.
Sr. Papai Noel que enche o saco
Com bilhões e bilhões
De presentes.
Ho, Ho, Ho
Acorda cidadão!
O sino está sendo tocado.
Corre, corre...
-Vamos vender,
Dizem os do comércio.
- Vamos comprar,
Dizem os do consumo.
O sino está sendo tocado.
Ho, Ho, Ho
O Sr. Papai Noel chegou!
O Sr. Papai Noel vai enchendo o saco
Com bilhões e bilhões
De presentes.
Ho, Ho, Ho
Ha Ha Ha...
Sr. Papai Noel à gargalhar.
Bate o sino
Que é tempo de correr,
Tempo de vender,
Tempo de comprar.
Ho, Ho, Ho
Ha Ha Ha...
Sr. Papai Noel à gargalhar.
Bate o sino
Que é tempo de sorrir,
Tempo de comemorar,
Tempo de confraternizar,
Aproveitar o Natal
Que acontece somente em Dezembro.
Em Janeiro passa.
O velho
O novo
Continua o mesmo
Sr. Papai Noel enchendo o saco,
Entoando
Ho, Ho, Ho.
Ha, Ha, Ha.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Paródia de QUE PAÍS É ESSE com o HINO NACIONAL
Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado,
Testemunha cidadão abandonado,
Onde ninguém respeita a Constituição
E ninguém acredita no futuro da nação.
Esse é o país de sempre
Esse é o país de sempre
Esse é o país de sempre...
Sempre leio ordem e progresso
Na bandeira da nação,
Mas nunca defendeu-se a bandeira na ação.
Lixões no verde das matas,
Que de muito mutiladas
Tornam-se os barrancos dos barracos ribeirados.
Noutra parte todo o ouro:
No centro, no meio das mãos dos magnatas,
Donde o azul do céu risonho e límpido é mais próximo,
Para que só quem seja da constelação resplandeça.
Os gigantes desta própria natureza
São patrões no belo, forte e pálido colosso.
Neste espelho do passado se enxerga as aparências.
Esse é o país de sempre,
Esse é o país de sempre,
Esse é o país de sempre...
Terra apurada
Dentre outras mil
Terras apuradas.
O sangue anda solto
E os papéis estão manchados,
Pois o patrão não descansa
Desde o leilão dos índios,
Desde o leilão dos africanos.
Sujeira pra todo lado,
Testemunha cidadão abandonado,
Onde ninguém respeita a Constituição
E ninguém acredita no futuro da nação.
Esse é o país de sempre
Esse é o país de sempre
Esse é o país de sempre...
Sempre leio ordem e progresso
Na bandeira da nação,
Mas nunca defendeu-se a bandeira na ação.
Lixões no verde das matas,
Que de muito mutiladas
Tornam-se os barrancos dos barracos ribeirados.
Noutra parte todo o ouro:
No centro, no meio das mãos dos magnatas,
Donde o azul do céu risonho e límpido é mais próximo,
Para que só quem seja da constelação resplandeça.
Os gigantes desta própria natureza
São patrões no belo, forte e pálido colosso.
Neste espelho do passado se enxerga as aparências.
Esse é o país de sempre,
Esse é o país de sempre,
Esse é o país de sempre...
Terra apurada
Dentre outras mil
Terras apuradas.
O sangue anda solto
E os papéis estão manchados,
Pois o patrão não descansa
Desde o leilão dos índios,
Desde o leilão dos africanos.
sábado, 20 de novembro de 2010
sábado, 13 de novembro de 2010
MANUAL DE UM PORRE QUALQUER
Um dia qualquer,
Qualquer dia entre outros,
Qualquer dia um outro porre
De um porre qualquer,
Qualquer porre de um dia qualquer
É só mais um porre,
Só mais um dia,
Só mais um dia
É só mais um porre,
E só menos um dia
Destes dias quaisquer.
Qualquer dia entre outros,
Qualquer dia um outro porre
De um porre qualquer,
Qualquer porre de um dia qualquer
É só mais um porre,
Só mais um dia,
Só mais um dia
É só mais um porre,
E só menos um dia
Destes dias quaisquer.
domingo, 31 de outubro de 2010
Descobrimento do Brasil
Arco, flecha
Arco, flecha
Arco, flecha.
O cerco fecha,
Caravelas fecham,
Conquistadores fecham.
Nativos
Inativos
Oprimidos,
Nativos
Inativos
Oprimidos,
Nativos
Inativos
Oprimidos.
Ora pois,
Força bruta
Força bruta
Força bruta.
O tempo fechou.
A mata abriu.
As matas abriram.
A matança aberta.
Tribos atribuladas
Tribos atribuladas
Tribos atribuladas.
Ora pois,
Caciques na forca,
Finados nas ocas.
Sem rumo
Perdida a terra
Perigoso o céu,
Em nome de um deus,
Em nome de um rei,
Em nome de uma pátria,
Em nome de uma língua.
Ora pois,
Tirania selvagem
Carregada de pólvora,
Carregada de doenças,
Carregada de malícia.
Navegação ativa
Caçadora de nativos
Tirania selvagem,
Tirania selvagem,
Tirania selvagem.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
PELOS VERDADEIROS GUERREIROS (Manifesto Pró-Dilma)
É chegada a hora guerreiros,
Mais uma batalha
Da guerra dos 500 anos.
Contra o massacre da colônia
Onde verdadeiros guerreiros não se exilaram da luta;
Contra o massacre da escravidão;
Onde verdadeiros guerreiros não se exilaram da luta,
Contra o massacre do Império
Onde verdadeiros guerreiros não se exilaram da luta;
Contra o massacre das desiguais terras
Onde verdadeiros guerreiros não se exilaram da luta;
Contra o massacre nas periferias,
Onde verdadeiros guerreiros não se exilaram da luta;
Contra o massacre da Ditadura Militar,
Onde verdadeiros guerreiros não se exilaram da luta;
Contra o massacre da privatização do meu suor,
Onde verdadeiros guerreiros não se exilaram da luta.
Dentro desta história
Surge um pernambucano sindicalista
Que me deu um pouco de força
Pra lutar contra massacres
De colônia, império, escravidão, desigualdade, ditadura, privatização...
O pernambucano sindicalista
Mostrou-me que é possível sonhar,
Que é preciso continuar a lutar.
A próxima batalha está próxima
E precisamos de uma liderança.
Dua opções possíveis:
Um que se exilou da luta quando mais se precisou;
Outra que persistiu até na clandestinidade.
E aí guerreiros,
Qual a decisão?
A minha eu já tomei
Dia 31 eu inverterei o número na urna.
Mais uma batalha
Da guerra dos 500 anos.
Contra o massacre da colônia
Onde verdadeiros guerreiros não se exilaram da luta;
Contra o massacre da escravidão;
Onde verdadeiros guerreiros não se exilaram da luta,
Contra o massacre do Império
Onde verdadeiros guerreiros não se exilaram da luta;
Contra o massacre das desiguais terras
Onde verdadeiros guerreiros não se exilaram da luta;
Contra o massacre nas periferias,
Onde verdadeiros guerreiros não se exilaram da luta;
Contra o massacre da Ditadura Militar,
Onde verdadeiros guerreiros não se exilaram da luta;
Contra o massacre da privatização do meu suor,
Onde verdadeiros guerreiros não se exilaram da luta.
Dentro desta história
Surge um pernambucano sindicalista
Que me deu um pouco de força
Pra lutar contra massacres
De colônia, império, escravidão, desigualdade, ditadura, privatização...
O pernambucano sindicalista
Mostrou-me que é possível sonhar,
Que é preciso continuar a lutar.
A próxima batalha está próxima
E precisamos de uma liderança.
Dua opções possíveis:
Um que se exilou da luta quando mais se precisou;
Outra que persistiu até na clandestinidade.
E aí guerreiros,
Qual a decisão?
A minha eu já tomei
Dia 31 eu inverterei o número na urna.
domingo, 17 de outubro de 2010
MEU POEMA
Meu poema nasceu de noite
Tão frio como os corações dos povos
Vazio como as ruas da cidade.
Arrepia na alma e no peito
Um pedaço de agonia e solidão.
O poeta que sonhou na aurora
Deixou o dia passar,
Esperou o dia acabar
E então viveu:
Apanhou,
Chorou.
Agora vai ter pesadelos no leito.
Sofrimento de vergonha
Embaixo do cobertor.
Assim não tem jeito não,
Tentar dormir
Sem nenhuma satisfação.
Porém há sempre a solução,
Quem sabe despertar de madrugada
Faça abrir os olhos da esperança,
Num preparo pra próxima batalha.
Até que finalmente amanheça
E a força retorne a seu lugar.
E que meu próximo poema
Venha quente como brasa
Queimando a estupidez das sanguessugas.
(In: Cantos e desencantos de um guerreiro)
Tão frio como os corações dos povos
Vazio como as ruas da cidade.
Arrepia na alma e no peito
Um pedaço de agonia e solidão.
O poeta que sonhou na aurora
Deixou o dia passar,
Esperou o dia acabar
E então viveu:
Apanhou,
Chorou.
Agora vai ter pesadelos no leito.
Sofrimento de vergonha
Embaixo do cobertor.
Assim não tem jeito não,
Tentar dormir
Sem nenhuma satisfação.
Porém há sempre a solução,
Quem sabe despertar de madrugada
Faça abrir os olhos da esperança,
Num preparo pra próxima batalha.
Até que finalmente amanheça
E a força retorne a seu lugar.
E que meu próximo poema
Venha quente como brasa
Queimando a estupidez das sanguessugas.
(In: Cantos e desencantos de um guerreiro)
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
RESISTÊNCIA
Nascer
Morrer
Uma vez Nascer
Uma vez Morrer
Era uma vez Nascer
Pela última vez
Resistir
Ao curso natural da história
E Morrer feliz para sempre.
Morrer
Uma vez Nascer
Uma vez Morrer
Era uma vez Nascer
Resistir
Crescer
Resistir
Produzir
Resistir
Reproduzir
Resistir
Desistir
Refletir
Readquirir
Persistir
Desistir
Refletir
Readquirir
Persistir
Resistir
Produzir
Reproduzir
Persistir
Resistir
Até...Pela última vez
Resistir
Ao curso natural da história
E Morrer feliz para sempre.
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