quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Poema deste universo




Sou uma noite infinita,
Desaparecida
No universo esquecido de meus pesadelos.

Não nasci Sol,
Pois nem ao menos um Girassol
Levantou-se para me cumprimentar.

Minha vida é um espaço aberto,
Em que os Corpos e as Almas
Afastaram-se por muitos quilômetros
Com medo de perderem
Alguma parte do que acumularam.

É um desafio imenso
Viver sem estrela,
Porém,
Mesmo sem me notarem
Estou aqui e ali
Cobrindo o precipício
Que os Astros não querem cobrir.

Se tiver sorte
Algum dia, quem sabe?
Seja possível juntar
Uns pedacinhos de coisas
E finalmente
Deixar de ser indigente.


(Jefferson Santana, in Cantos e Desencantos de um Guerreiro)


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