domingo, 12 de junho de 2011


Amor é o tesouro que podemos distribuir
Sem nada perder.

(Jefferson Santana)

sábado, 4 de junho de 2011


Minha poesia é como uma rosa,
aparentemente delicada,
porém, pronta para cutucar os mais desavisados.

(Jefferson Santana)

sábado, 14 de maio de 2011

Poema inédito:

DO NADA PARA LUGAR NENHUM

Qual a origens dos nossos
Problemas,
O sustento das nossas fraquezas,
As pontadas de nossas feridas?

Que inteligência
Nos fez, a partir da nudez
Até a derradeira escassez?

Começamos do nada,
Continuamos no nada,
Prosseguimos a jornada
E, talvez acabemos no nada.

A natureza no início para nascer...
A força humana crescer, usufruir,
Ambicionar um pouco mais para desenvolver...
Até bem próximo de se destruir.

A física das coisas:
Toda força forçada gera força contrária.

Com todas as forças e mais teimosia,
Criam-se as forças e as demais forcas.

As nossas desesperanças
Aliadas as outras desesperanças
Formam novas desesperanças.

Desesperança não é nem a primeira,
Tampouco a última que morre,
Porque é a primeira que se concretiza.

(Jefferson Santana)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

ENTRE ANDANÇAS E PARADAS

Existem homens que neste mundo andam
E outros tantos que desvanecem,
Independente dos diversos destinos
As passadas são sempre desejadas.

Às vezes, de fato não entendo,
Porque alguns não param
E outros não saem do lugar,
Se até o tempo conforta estados diferentes:
O dia que transita para a noite
E no curso previsto pela natureza
Depois se amanhece novamente;
Se quando chega o verão
A luz que ilumina muito quente
Cede tempo pra que nuvens dispersem água
Até jorrar a manisfestação inteira.
Depois é que o sol retorna ao seu trono.

Ah, mas este mundo!
Este mundo: um globo com extremos
Onde o tempo sem pre invariável
Não permite fuga do inverno.
Os extremos são verdadeiros pesadelos.

E que triste eu escrevo estes versos
Nesta longa estrada
Procurando o sentido Alegrias.
Apesar de um constante desespero,
Não posso perder a vontade de andar.

Em: Cantos e desencantos de um Guerreiro

sábado, 2 de abril de 2011

Eu queria ter duas vozes,
uma para cantar
e outra para berrar.
Porém, neste momento
tenho somente este fragmento.

sexta-feira, 25 de março de 2011

AS ESTRELAS




As estrelas... eu não entendo,
Em algumas noites ficam me olhando,
Mas não se importam se parecem atrevidas.
É claro!
Elas não se preocupam com besteiras.
Talvez por isso nunca fiquem tristes.
Não sofrem como nós sofredores.
São contentes
De um nível em que não alcançamos.

Humanos não tocam o céu!

in Cantos e desencantos de um Guerreiro

sábado, 12 de março de 2011

O Navio Negreiro, de Castro Alves na voz de Paulo Autran

Passando meu olhos pelo o YouTube, encontrei este fantástico vídeo da obra prima do fantástico poeta Castro Alves, narrada por Paulo Autran e com imagens do filme Amistad.

Vale a pena assisti-lo e refletir sobre um período vergonhoso de nossa história que ainda deixou grande influência na sociedade atual.



sexta-feira, 4 de março de 2011

O pássaro que saiu da gaiola

PÁSSARO

Sou pássaro na gaiola,
Comendo o alpiste que determinam
Entre o tempo contado de relógios
Para seguir no pio de uma longa jornada.

Fui capturado
Pela necessidade de comer.
Trancaram-me
Nesta vida minha adestrada.
Vidas nossas
Penduradas nas extremidades dos casarões,
Sem libertação
Para desfrutar do meio.

Chegou a hora de quebrar estas grades,
Bater as asas
E degustar os frutos
Que nunca me ofereceram.




Enfim Cantos e desencantos de um Guerreiro nasceu. Nasceu e logo de cara foi batizado pela chuva paulistana que impossibitou que alguns guerreiros que queriam contemplá-lo não conseguissem participar deste momente. Porém o livro agora é vivo e todos eles poderão sentí-lo expressandro a lírica que toca nas feridas da sociedade desigualmente estabelecida.

Minha felicidade neste momento é grandiosa, pois sei que meus cantos e desencantos agora estão sendo compartilhados e se reindentificando com os cantos e desencantos do povo. Esta felicidade ainda tem se multiplicado, quando imagino que aqueles que não sentem a dor, o desprezo e as chicotadas lançadas aos guerreiros periféricos constantemente, possam um dia desprevidos se deparar com alguns dos versos deste livro disparando contra suas cabeças, fazendo-os cair como gigantes sem argumentação suficente para deter a palavra ardente.

Enfim posso dizer que ele nasceu! Nasceu como um pássaro que nasce para a vida depois de liberto da gaiola.

Faço meu agradecimento à Cooperifa que cede espaço para que coisas como essas aconteçam. Em especial agradeço ao Grande Poeta Sérgio Vaz, que humildemente escreveu o prefácio do livro e conseguiu sintetizar em algumas palavras toda a lírica indignada desta obra e a engrandeceu ainda mais.  


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

LANÇAMENTO DO LIVRO CANTOS E DESENCANTOS DE UM GUERREIRO


Vai nascer! Finalmente vai nascer o meu primeiro filho. Depois de tanta luta, tanto poema declamado, postado, mostrado, agora também terá publicação oficial.

O lançamento será no dia 02 de Março (Quarta Feira) no Sarau da Cooperifa, ás 20:30.
Rua Bartolomeu dos Santos, 797 - Chácara Santana - São Paulo - SP

Saiba como chegar:
http://maps.google.com.br/maps?hl=pt-br&tab=wl

Em caso de dúvidas é só mandar e-mail para: jefferson_3012@yahoo.com.br

Aguardo a presença de vocês!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

A LATA


A lata
Laminando lá o lixo da cidade.

A lata
lá amassada
lançada
lá nos lugares
largados
e alagados da cidade.

A lata
lambida
lambuzada
lodosa
nos longes e longos cantos da cidade.

A lata
de alumínio
laçada na mão
do lacrimejante
a iluminar a sua mão assada
com pedaços de aço lapidados.